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22 dezembro 2006

O ano do PC no país e os erros (e acertos) do governo


Mercantilismo à parte, depois de um longo ano, o programa do governo federal é um sucesso. Segundo Sérgio Rosa, diretor do Serpro, um dos responsáveis pelo projeto, já foram vendidos 400 mil computadores a custos inferiores e rodando software livre, o que faz cair o preço, diz Rosa, em mais de R$ 400.

Destes 400 mil, diz ainda o diretor do Serpro, cerca de 220 mil estariam com certeza rodando o Linux - a despeito da pesquisa da Abes - e, portanto, um dos principais objetivos do programa estaria sendo cumprido à risca. Os números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) são um pouco menores: segundo a associação, foram vendidos 380 mil PCs populares no

Brasil este ano. O mundo inteiro e a Microsoft sabem que o governo brasileiro resolveu abraçar a causa do software de código-fonte aberto e que dentro dos quadros dos principais órgãos ligados ao setor de tecnologia estão aguerridos defensores do Linux. É o caso não só do Serpro como do ITI (Instituto de Tecnologia da Informação) e até dos ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. A Abes tem todo o direito de chiar e, ao fazer isso, só está executando o seu trabalho, afinal, trata-se de uma associação de defesa dos fabricantes de software.

O governo, por sua vez, reclamou da pesquisa afirmando que a amostragem foi deficiente - foram ouvidos consumidores do Paraná e de São Paulo. Difícil ter de admitir, mas os dois têm alguma razão. Segundo o representante do Serpro, o programa é um sucesso, mesmo com a ausência da Microsoft, que foi chamada para discutir preços com o governo mas não aceitou diminuir seus valores. Direito dela. Mas que não venha reclamar que o programa do governo está prejudicando seus negócios porque não está:

o "Computador para todos", pelo que a Abes disse, está é formando mais uma geração de usuários de Windows, mesmo que em versão pirata.

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